Há coisas que só acontecem ao Botafogo.
Esta frase tornou-se o dito popular que descreve com exatidão o sentimento que acompanha este clube tão glorioso quanto supersticioso, com vocação quase que pessimista, por vezes tão incompreendido até por alguns de seus próprios torcedores.
Sem dúvida, o Botafogo não é um clube qualquer: é sensação pura, vivida nos limites. Não é por menos que possui o fogo da paixão em seu nome e uma estrela solitária como símbolo maior. É o clube de extremos, um tanto bipolar, que se recusa a ser mais ou menos: é preto e branco.
Já dissera Vinícius de Moraes – nosso “poetinha” botafoguense – “que todo grande amor só é bem grande se for triste. Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer”. E sofrer de amor é uma sensação plena de vida.
É dentro desse espírito que foi criado este blog, de forma independente e amadora, que significa fazer por amor.
Sua missão é disseminar ainda mais o brilho da estrela solitária que habita em milhões de corações solidários; fazer os mais novos acreditar que a luz – que vem de todo fogo – perdurará eternamente enquanto houver uma alma a conservar sua chama; agradecer aos mais velhos por plantar tantas sementes neste céu aonde apenas uma única estrela nos conduz.
Por último, e não menos importante, o blog também busca estimular a cultura da paz neste incrível esporte chamado futebol: por reconhecer que a gloriosa história do Botafogo de Futebol e Regatas é diretamente proporcional à grandeza de nossos adversários e que muitos dos nossos familiares, amigos e pessoas queridas torcem por estes clubes.
As tirinhas e demais áreas do blog da Turma do Roma são o veículo por meio do qual serão apresentadas as características, expressões e sentimentos que fazem parte da cultura do que representa ser e torcer pelo Botafogo.
Seu conteúdo e seus personagens são frutos da visão e imaginação do autor – botafoguense desde sempre -, porém inspirados nas histórias de tanta gente: dos escritores, poetas, jornalistas e blogueiros aos dirigentes e jogadores; dos familiares e verdadeiros amigos aos torcedores mais desconhecidos ao lado na arquibancada. E em especial de meu pai, a quem sou grato por me apontar os caminhos para esta única estrela.
Espero que a Turma do Roma contribua, de uma forma sempre leve, harmoniosa e espirituosa, para desvendar os encantos da (por vezes difícil) arte de torcer pelo Botafogo.
Botafogo, “não há você sem mim, eu não existo sem você”.
Sejam bem-vindos e divirtam-se!
Roma